domingo, 13 de novembro de 2011

"Reviver"

Enfim está tudo consumado, entramos numa nova era…




Estava há muito marcado no calendário, “o trovante” estaria em Guimarães, um conserto de despedida, bem sei que muitos dirão mas quantas vezes já se despediram? É simples nós pedimos sempre um regresso mesmo que esporádico, sabe sempre bem recordar, afinal de contas sempre fomos um povo que vive mais do passado que do presente, estamos sempre com nostalgia, com saudosismos, a verdade é que damos conta que a vida hoje não nos satisfaz, pior que isso estamos muito apreensivos com o futuro, por vezes em demasia a ponto de nos esquecermos de viver o presente.




Como vivemos um presente complicado resolvi esquecer um pouco as dificuldades e regressar ao passado (anos oitenta / noventa) este não era muito mais fácil só que havia então uma diferença, a malta vinha de décadas complicadas, só que havia a esperança de melhorias graduais é certo mas melhorias.




Hoje pelo contrário estamos a viver em desespero de causa e as melhorias são meras fantasias na cabeça de alguns crentes, a realidade é afinal algo muito mais complicado, a cada dia que passa uma nova medida restritiva, sempre no encalço dos mais desfavorecidos, dos que não têm possibilidade de fugir aos severos impostos sem retorno que se veja.




Podem apelidar-me de saudosista, não me importo, podem afirmar que estes tipos já estão ultrapassados no seu formato, ok admito, no entanto eu vi um pavilhão “multiusos” praticamente cheio, pessoas que já viveram o tal passado de que vos falei, mas os seu descendentes ao fim de alguns minutos já vibravam, já se tinham encaixado num som que ainda se ouve com gosto, é verdade na época em os trovante brilhavam as pessoas ficavam incrédulas, era algo futurista para a altura, recordo-me do espectáculo ao vivo no campo pequeno em finais da década de oitenta, era ainda um rapazito mas ficou-me gravado na memória, pela arte pela diferença pelo empenho e pela colaboração do público, algo novo em termos nacionais para a época.




Hoje deu-se por duas horas um regresso ao passado, ao tempo em que pelo menos havia esperança, em que ainda tínhamos direito a sonhar.





(a qualidade não é a melhor mas foi o que se arranjou)


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