Há duas razões para vivermos uma vida normal, o passado e o futuro, e uma mão cheia delas para levarmos uma vida extravagante, é o nosso ócio a funcionar, o nosso bem-estar sempre á frente do dos outros, só paramos para pensar quando nos toca bem fundo, quando o dito bem-estar dos nossos progenitores e ou dos nossos filhos está em causa aí sim, paramos e reflectimos e varias são as vezes que damos conta da nossa precipitação, em relação a todo e a todos.
Como sabemos pouco do presente, as mudanças são rápidas e radicais quando menos esperamos há algo de novo, o qual não estava nas nossas previsões, por isso nem no presente podemos confiar plenamente, do futuro, bom do futuro nada sabemos, nem em nós próprios podemos confiar, somos humanos logo podemos ser influenciados, nunca digas nunca!
Certezas, só as do passado, e do passado só nos queremos recordar do óptimo, quando muito do bom, porque do mau tentamos sempre passar uma esponja limpa, talvez para que o cheiro nauseabundo de alguns dos nossos actos não venha á tona da água, quem estiver de banho tomado em permanência que atire a primeira pedra.
Toda esta lengalenga para recordar o tal passado, passado que a nossa geração teima em esconder, com vergonha talvez, por entender que todas as invenções do presente podem suprimir o que os que nos antecederam sentiam como seu, a sua cultura, os seus hábitos que passaram várias gerações e foram encravar logo na nossa, porquê? Têm vergonha do passado? É a cultura de um povo que está em causa, e é nesta geração que está a encravar é aqui que está o nó que restringe a passagem para o futuro.
Eu descodifiquei algo, este fim-de-semana que está só na memória de alguns, e que é urgente preservar, é a memória de um povo que está em causa.
Hoje é dia de Janeiro
Por ser o dia primeiro
Foi de tal o nascimento
Onde Deus passou tormentos
O tormento está passado
Jesus Cristo regenerado
Numa pobre manjedoura
Onde o boi vento comia
O boi vento bafejava e
A mula remoía.
Maldição te voto mula
Que não paires vez nenhuma
Se chegares a parir
Não vejas sol nem lua
Nem luar que te alumie
Nem luz de casta nenhuma.
(Abra a porta Sr. …
Faça - nos este favor
Cá fora está muito frio
Aí dentre faz mais calor.
(Quantos se recordam disto, ou já ouviram alguma vez?
Chama-se a isto, preservar está nas mãos de todos.)
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