O badalar do sino grande, (o maior das redondezas)
é sempre mau prenuncio, desta vez a escolha aleatória recaiu num dos nossos,
talvez nem fosse uma novidade, talvez no nosso íntimo já calculasse-mos este
desfecho, no entanto nunca esperamos o pior, este povo é feito de esperanças,
ou tenta entranhar-se nelas, esperançado em divindades que nunca sucedem aos
que nos rodeiam, aos que queremos ou nos querem bem…
Desta vez o dobrar do sino foi algo que nos abalou,
fomos colhidos pela tempestade invisível que vai sugando uns atrás de outros,
foste tu o escolhido, logo tu que sempre tentaste transmitir confiança e
alegria a todos os que te rodeavam, além de sempre mostrares uma inexplicável confiança
na vida e tal como eu, nunca deste grande importância a crenças e religiões,
acreditavas é verdade mas com uma certa distância.
Ficou um vazio, dobrou o grande sino, e todos os
que te rodearam durante anos, todos os que te fizeram feliz todos os que amaste
à tua maneira ficaram banhados em lágrimas, inconsoláveis e confusos é a lei da
vida, e como creio que não acreditavas numa segunda oportunidade só me resta
relembrar-te, e murmurar um até sempre…
No tempo do liberalismo derreteram-se os sinos para fazer moeda, veremos se os de agora têm algum valor.
ResponderEliminar