domingo, 20 de setembro de 2009

Paisagem protegida,"CORNO DE BICO"











Quem gosta da natureza leva sempre em conta toda e qualquer informação que possa ter algum relevo.
já havia muito tempo que tencionava conhecer a zona de paisagem protegida de corno do bico.
Foram várias as tentativas frustradas para a tal visita, por um ou outro motivo sempre havia algo a furar os planos. “ Paisagem protegida” que haveria de especial nestes cumes.
Um dia de passagem por perto decidi dar uma pequena espreitadela “impressionante”foi o termo que me veio á cabeça, carece de uma visita bem mais atenta, agora a próxima oportunidade terá que ser aproveitada para a tal visita.
Dia seleccionado com alguma antecedência para nada falhar, a viagem feita ainda da madrugada em direcção ao coração do Minho.
Entrar pela área de paisagem protegida o lusco-fusco ainda não se decepou, o que obriga a uma atenção redobrada na passagem por entre a vegetação até a chegada ao primeiro miradouro à que esperar pelos primeiros raios solares.
Um silêncio ensurdecedor só ferido pele chilrear da passarada, ainda não sou capaz de os deslumbrar entre as folhagens.
Com o raiar do dia nota-se a névoa própria da altitude em que me encontro, o sol acaba por penetrar nesta o que forma um vistoso arco-íris sem chuva (o primeiro que vejo nestas condições climatéricas) sinto-me vigiado, mas não sou capaz de vislumbrar nenhum ser vivo alem da vegetação, pode ser só uma pequena impressão minha, com o aumentar da luz solar coméço a notar pegadas bem bicudas talvez sejam os javalis que andam por aqui, mais à frente são os cascos dos garranos, bem desenhados na terra amorfa das passagens, as pinhas ruídas confirmam a presença de esquilos.
A paisagem é deslumbrante, em todos os miradouros, um virado a norte e, lá está ao fundo a senhora da pena na protecção a vila. Nota-se a vegetação que raia a praia fluvial do tabuão, um outro tem vista até a vila de ponte por entre penhascos e vales.
Ouve-se o silêncio só quebrado pelo zumbir da abelhas ou pelo uivar do vento ao quebrar a resistência da vegetação, volto a sentir-me vigiado agora pelos corvos e falcões a cerca de meia milha de altitude, quem é este devem interrogar-se.
Horas de almoço, paro para rebuscar a mochila á procura de algo para me alimentar, sentado na erva fresca apreciando asombra de um cedro, deparo com um grupo de garranos uma dúzia entre os quais dois potros pequenos, não me dão grande importância mas não deixam de rodear as suas crias instinto protector penso eu.
Sigo os animais a ama distância razoável quando ouço o deslizar apressado de uma serpente, gostava de te ver penso, enquanto remexo com um cajado improvisado a vegetação, nada já se foi.
Sigo em direcção ao cume mais alto a minha meta. Lindo paisagem deslumbrante, em todo o redor só cumes e vales sem um único planalto, vegetação variada, os animais também marcam sua presença ainda que alguns não se mostrem, o caso dos javalis, corsas e, dos esquilos.
É preciso preparar o regresso o meio de transporte está um pouco distante mas, ainda pretendo ver o pôr-do-sol, este acontece rapidamente pois desaparece não no oceano mas a sul da serra Darga onde se situa a Srª do Minho (também esta carece de um visita)
Fim do dia (com a promessa de voltar), já se ouve de novo as aves por entre a vegetação. Na próxima fico cá uma noite, quero apreciar os javalis e as corsas e quem sabe os lobos seria histórico.
Corno do bico paisagem protegida, vale a pena uma visita.
O paraíso que muitos procuram deve ser aqui!

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