domingo, 15 de junho de 2014

ESTAS NÃO VÃO PAGAR IMPOSTO.


Um destes dias numa qualquer rádio Galega debatia-se a continuidade dos toiros de morte, assim como as touradas em geral.

Lá como  cá a polémica vai continuar, se bem que eles são mais serenos a percentagem que é contra parece ser mais pequena tal como mais comedida.

Após ouvir tantas e tão diversas opiniões em relações aos pobres dos touros eu fiquei a pensar, e as mães deles!

Sim falo das vacas, (quatro patas não das que o coelho quer mamar impostos) alguém já pensou no raio da vida das vacas?

Comecemos pelo meio, é aí que está a virtude ou não?

Quando o animal chega à idade denominada de toira logo o sarcástico do humano começa a esfregar as mãos, umas semanas a seguir e lá começa o martírio, em vez de as levarem como antigamente ao barrão vem um humano a casa e faz o serviço, “nem deixam espaço ao prazer, não se aplica a velha máxima que até os bichinhos gostam” uns meses depois nasce a cria.

Aqui começa o pesadelo de qualquer mãe vaca…

Se a cria é fêmea recomeça o ciclo, se nasce macho é a história que se segue.

De uma forma ou de outra a vaca nem vê o seu rebento de seguida sem as caricias de antigamente é-lhe sugado o leite até à última gota diariamente, “vida de vaca.”

Quando o rebento é macho o bicho homem trata logo de fazer uma seleção e os menos apresentáveis são logo “abicha nados” e chegam ao talho já com o nome de vitela, se apresentam boa aparência ficam mais uns tempos à espera de nova seleção, os menos competentes vão para o matadouro, já apelidados com o pomposo nome de novilhos, escapam os fortes, não para puxar charruas, “arados” ou chadeiros “carros de bois” como em tempos idos mas para chegarem "os mais competentes" às arenas ou praças de touros.

“Vaca sofre” qual a mãe que quereria tal vida para um filho.

Bem sei que também eu afio a navalha por um naco de boi, por uma fatia de picanha, uma posta à Mirandesa, ou por um custe letão do Barroso.

Mas não acham que deveriam pensar um pouco nisto, quando tomam a vossa meia de leite pela manhã, ou quando se empanturram com uma vitela assada, ou churrasco!

Os nossos vizinhos do lado de lá da fronteira têm pelo menos o bom senso de não apelidar os bichos de cornudos “bois e vacas” ternera dizem eles, são bem mais simpáticos é que os humanos fazem todo o serviço não deixam espaço a essas desconfianças…

 

  

 

1 comentário:

  1. Com tanto homem com cornos não percebo por que é que precisam do touro.

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