sexta-feira, 1 de junho de 2012

HÁ QUE CUMPRIR.


Normalmente prometer não passa de um ato leviano, quantas vezes é feito sem pensar…

No entanto lá chega a hora da cobrança, aí é que elas mordem, basta para isso reparar com um pouco de atenção o sofrimento com que caminham milhares de peregrinos em direcção aos vários santuários espalhados pelo país, Fátima é o mais usual mas muitos outros absorvem milhares e milhares durante o ano.

Por aqui o mais usual é o Sameiro e S. Bento da porta aberta, mas Compostela na vizinha Galiza também absorve muita fé.

Toda esta lenga, lenga, serve apenas para demonstrar que deveremos cumprir as promessas, eu tenho uma a cumprir este fim-de-semana.  

Não sei bem em que estava a pensar, mas prometi que ia ao festival, “ Rock in Rio” como as promessas são para cumprir e o dia está a aproximar-se rapidamente a confusão tem vindo a aumentar.

Bem sei que muitos dirão qual o problema?

É simples comprei os ingressos e após uns minutos reparei que os ditos cujos têm um valor muito superior ao oiro. Complicado aceitar este facto mas é real, (principalmente nos dias que correm) depois é preciso contar com a viagem, estamos a falar de trezentos e setenta quilómetros, não parece muito é até uma banalidade no meu dia-a-dia, mas e o regresso?

Vamos por partes, a viagem de ida, por volta das onze da manhã, corpos frescos, perfumados, com um aroma a dezenas de desodorizantes, nem haverá grande problema, sessenta passageiros calmos e bem-dispostos.

E o regresso?

É aqui que reside o problema, serão os mesmos sessenta e tal passageiros, só que agora em vez de perfumes o ar vai estar infectado com cheiros a suores, as roupas vão estar encharcadas e quezilentas, os ténis, ou botas de “cano alto” vão ser retirados dos pés cansados, bem sabemos qual é o resultado destas operações, um desastre…

Uma pessoa amiga dizia-me há uns tempos que tenho a mania de sofrer por antecipação, talvez seja verdade, mas desta vez, os trezentos e tais quilómetros vão ser de um sofrimento atroz.

Quando era ainda miúdo o povo dizia algo do género, para onde vais? E um sorriso de orelha a orelha impunha-se na resposta “para a festa” quando a pergunta era de onde vens? A resposta era sistemática “ó, venho da festa” mas desta vez nem o olhar se levantava do chão!

(Bom espero que pelo menos baila a pena, é que milhares de pessoas aos saltos não são bom prenuncio.)

1 comentário:

  1. Eu prometi ir a Fátima de Porsche com motorista se me sair o Euromilhões, mas nada, a Virgem faz-se de novas.

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