Desde
miúdo que ouço lengalengas sobre seres que estiveram do lado de lá e voltaram.
Cresci
a ver filmes fantásticos, e mais histórias de sobre natural, tal como relatos
de pessoas que eram levados por extra terrestres e voltavam tempos depois, relatos que
quase pareciam reais bastava para isso que a malta quisesse acreditar.
Às
vezes a vida prega-nos partidas sem grassa, há dias em que melhor era não
sairmos de casa…
Alguém
que já papou mais que de um milhão de Km de alcatrão (apesar de alguns valentes
abanões, em diferentes circunstancias, apesar de já ter visto terror espalhado
no negro do alcatrão (e paralelo tão característico do norte deste país aqui há
uns anos,) alguém que já perdeu amigos nestes trágicos incidentes que acontecem
a qualquer um, mas que abalam famílias, grupos de amigos, localidades inteiras “quem
já se esqueceu de Entre-os-Rios”) e depois sofre por um pequenino instante a
sensação de fim de linha, um pequeno instante em que ficamos dependentes de
outros, da sua boa vontade, ou simplesmente da sua rapidez de processos, ou
ainda do espirito com que tal pessoa despertou pela manhã.
Quando
não dependemos só de nós, da nossa perícia ou aselhice, quando por arrogância mostramos
os dentes a quem faz algo que não nos convém, quando a boa vontade alheia é a
ultima réstia de esperança para a continuidade da nossa existência, é um problema,
um problema que não tem nenhuma solução, se o tipo que vem de frente no seu
caminho sem stresse, sem preocupações além da normalidade do dia-a-dia sem
esperar que alguém se vá atravessar na sua facha de rodagem e colocar muitas
vidas em jogo, pode ser algo complicado pode ser o tal extremo em que as
pessoas vêm o tal túnel de luz brilhante, pode ser a tal viagem aos confins do
universo nas naves extra terrestres que alguns afirmam ter viajado.
Pode
acontecer a qualquer um, no entanto o melhor quando acontece é refletir para
que não se repita, nunca poderemos é ficar com a sensação que todo estava controlado
"a mim, nada acontece," afinal sou o maior nesta brincadeira que envolve latas e cavalos
e que por mero acaso envolve "vidas" pessoas mas só por acaso.
Aprendi
fás já muito tempo que nunca deveremos afirmar desta água não beberei, no
entanto creio que quando cometer erros destes devo ser o primeiro a admiti-los
e nunca, mesmo nunca os desvalorizar porque a sorte nem sempre protege os inocentes, em miúdo
ouvia uma lengalenga que afirmava que o cântaro tantas vezes vai à fonte que ás
vezes…