quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Politico por um dia!

Bem sei quanto sou leigo na matéria, no entanto como vejo tanta asneira, tanta controvérsia, em relação a situações que me parecem simples, arrisco também dar a minha opinião.

Todos sabemos que este país é pouco produtivo, é parco em matérias-primas, não tem uma indústria activa, não aproveita o solo agrícola como já o fez no passado enfim resta-nos o turismo.

Bom se não estou confuso é esta a área onde podemos ainda progredir, mas para isso é preciso cativar as pessoas a virem até nós gastar as sobras.

Temos alguns trunfos, o sol é um deles, tal como uma temperatura estável a maior parte do ano, metade das nossas fronteiras no continente são costa, toda ela acessível e apresenta-se de diversas formas, algumas mais agrestes e de grande beleza, outras com enormes areais, salpicadas pelos muitos estuários dos diversos rios (as.)

Depois temos zonas deslumbrantes como a Gerês, Montezinho, Estrela, Corno de Bico, Alvão, Caramulo, Arrábida… há já me esquecia a serra do Açor ou da Freita.

De propósito não referi o Douro, este parece-me caso único, desde que entra no nosso país até ao Atlântico, o Douro é diferente de tudo o que há por essa velha Europa.

Não seria justo se não me lembrasse das agora denominadas terras do grande lago (Alqueva)

Bom se é o turismo que nos interessa, se é o que realmente nos pode safar a pele porquê escorraçar os turistas! Sim escorraçar!

Como podemos esperar que a malta apareça por cá para gastar uns trocos se não lhe oferecemos as mínimas condições?

Basta reparar que qualquer estrada que tenha mais que uma centena de metros sem uma curva ou uma descida acentuada é logo denominada de sctut , e claro logo portajada, é tiro e queda, com um inconveniente acrescido, nem se dão ao trabalho de colocar a portagem a malta que se desenrasque.

Depois temos os preços dos combustíveis, assustam qualquer Espanhol que queira cá passar uns dias, (alem de que são muitos os “portugas”que se deslocam além fronteira para comprar combustível)

Então qual é a solução de politico de trazer por casa?

Parece-me simples, acabar com todas as portagens, (essa treta do utilizador pagador não serve, as vias rápidas servem para escoar o transito rapidamente, não para angariar fundos,) as verbas que se perdiam seriam resgatadas num possível aumento de combustível, (já sei que imaginam que enlouqueci) este teria vários níveis, o profissional e o restante, tal como teria que se incrementar fronteiras fictícias junto à fronteira real com a vizinha Espanha.

Ou seja nos primeiros dez km a partir da fronteira o preço seria igual ao cobrado em Espanha, nos vinte seguintes haveria uma subida de dez cêntimos, com nova subida gradual de mais dez cêntimos até aos grandes centros urbanos, poderia haver uma diferença de cinquenta cêntimos entre os grandes centros e as zonas fronteiriças, aí sim seria o utilizador pagador a funcionar.

Bem sei que teria de haver mais uns ajustes pelo meio mas reparem; Deixava-mos de ter filas intermináveis nos centros urbanos, dávamos algum proveito às vias rápidas, facilitava-mos a entrada dos turistas. (Ninguém ficava a perder, a malta que ia pagar um pouco mais no combustível lucrava nas portagens, e economizava também em tempo e chatices, “médicos, psicólogos…”

Pode ser só um político de um só dia a sonhar mas…

2 comentários:

  1. Matematicamente parece lógico e os nossos economistas de gabinete não desdenharão tal receita, mas colocar em prática tais escalões de preços dos combustíveis seria um bico de obra.
    E porque não estabelecer um preço inferior em 2 ou 3 cêntimos ao de Espanha? Viriam os espanhóis abastecer cá, bebiam um café Delta ou uma cerveja Sagres e passaríamos a ter mais exportação mais facturação e, em consequência, mais impostos.
    A propósito de preços, não é fácil compreender que os produtos nacionais, feitos cá, sem custos de transportes, sejam mais caros do que os que têm que ser transportados de outros países em que os trabalhadores até são melhor pagos do que os nossos.
    Mas talvez se explique com o facto de que os industriais e comerciantes, tal como os políticos enriquecem mais e mais rapidamente do que os estrangeiros...

    Ah Portugal, ex-Jardim à Beira-Mar plantado!!!

    Um abraço
    João
    Do Miradouro

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  2. Isto por aqui não dá para entender porque quem vai para o poder é para servir os seus fregueses e não o povo, e assim chegámos ao fundo do poço e nem sequer conseguimos produzir a nossa própria comida, uma coisa que me dá volta à cabeça porque só apostar nas exportações e não poupar nas importações... acaba por não dar em nada.

    Bjos

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