Em miúdo via alguns destes bólides e pensava um dia eu também vou ter um destes.
Passaram os anos e quase desapareceram, foram substituídos por grandes máquinas, talvez com menos cilindrada mas mais cavalos e muita tecnologia.
Um destes dias deparei-me na estrada com este sobrevivente, deu para relembrar o passado, deu para divagar um pouco, deu para sonhar.
Um país que quer viver do turismo deve preservar o que tem de melhor.
Deve preservar o que os seus antepassados construíram no passado, para usufruir no presente.
Não me parece ser o caso pois uma obra que outrora fora magnífica está hoje em ruínas, pura incúria dos representantes civis.
Se não somos capazes de construir nada de jeito, pelo menos não deveríamos deixar arruinar o que os nossos antepassados nos deixaram.
Eu fiquei sem palavras, e vocês?
Perdi!
Perdi e por isso estou triste, triste porque o desalento é mais pesado, triste por mim, pelos meus e pelo geral dos Portugueses.
Esta tristeza pelos Portugueses deve-se ao facto de a sua maioria não ter exercido o seu direito (dever) de voto, delegando assim nos outros a responsabilidade de eleger o presidente.
Este facto parece-me grave, grave ao ponto de não merecermos as mortes e as prisões dos que lotaram pelo direito a voto no tempo do “estado novo” muitos ainda cá estão e sofrem muitas vezes em silêncio, outros já pereceram e devem sentir inglório o seu esforço.
Por outro lado sinto tristeza, porque tenho vindo a ser enganado ao longo destes últimos meses, enganado porque só se fala em crise, e afinal é todo uma simples farsa, o povo está bem e recomenda-se, tal qual a economia.
Esta minha última afirmação deve-se ao facto de mais de cinquenta por cento dos indevidos que se deslocaram às urnas terem reeleito o Presidente. Não pensem que isto é um desabafo, não o é na verdade, é o constatar de factos que considero anormais.
Não compreendo estes portugueses, não consigo raciocinar perante estas anormalidades, um povo que elege Alberto, J. Jardim, Isaltino Morais, Fátima Felgueiras, Valentim Loureiro, Mesquita Machado… e agora reelege um presidente que usufrui de mais de dez mil euros em reformas, que não esclarece como foi possível não pagar as sisas de um dos seus palácios, que não esclarece como foi possível ganhar centenas milhares de euros em poucos meses à conta do falido “B P N” …
Não compreendo como o povo foi mais uma vez na conversa do elemento que mais contribuiu para o estado de desgraça deste país, não esqueçam é este Sr. quem esteve mais tempo ligado ao poder no pós “Abril de 74”.
Como afirmei antes estou triste por mim, estou triste pelos meus e mais alguns, no entanto alegra-me o facto de a maioria do povo estar bem, se assim não fosse os desempregados, os que recebem o salário mínimo, os que sentem dificuldades em pagar as contas da luz, do gás, da habitação, dos transportes, incluindo combustíveis da alimentação mais básica… estes afinal estão bem e recomendam-se, se assim não fosse esta eleição teria tido outros resultados.
Dou os parabéns aos vencedores e como não podia deixar de ser devo ainda afirmar, portugueses tendes o que mereceis!
Esta “apanhei” veio da rádio. “ Antena 3”
O tão falado Renato Seabra é (foi) mandatário para a juventude de Cavaco Silva pelo círculo de Cantanhede.
Foi realmente uma excelente escolha, não é que o tipo se revelou excelente a atrair pessoas às urnas.
Chamam-lhe caça, são muitos os Portugueses que se entretêm com este passatempo.
Tenho ideia que este é um passatempo caro, pois obriga a um investimento avultado, tanto em armas como em pagamentos relativos às cotas associativas.
São no entanto milhares os indevidos que se deslocam por muitas estradas deste país, quem viaja nas madrugadas de quinta-feira ou domingo tal como nos feriados depara-se com centenas de viaturas com um pequeno atrelado onde viajam os indispensáveis parceiros de caça.
Desde á muito tempo a esta parte que ma faz alguma confusão como é que é possível haver tanta caça disponível, isto se lavarmos em linha de conta a tal quantidade de caçadores e dias possíveis de caça.
Hoje chegou-me a resposta a estas interrogações, pode não ser a única mas sem dúvida é uma delas, vale a pena apreciar.
(nota foto enviada pelo próprio com conhecimento de divulgação aqui no blogue)
Em dia de jogo para a taça de Portugal uma situação de veras caricata.
Uma das equipas que intervêm na respectiva eliminatória compra (adquire) um dos (senão o principal) elementos do conjunto adversário, instantes antes do princípio do jogo, deixando o treinador adversário (D.F.) de mãos a abanar.
Clarinho como a água, é a isto que chamamos desporto, é este o principal meio de entretimento de algumas gerações de Portugueses.
Pouca vergonha, agora é assim, para não haver corrupção de jogadores compram-se os seus passes na hora do jogo e claro já não joga.
Vale tudo, o que realmente é importante é ganhar, ganhar, ganhar…
Tenho pena mas tenho que afirmar, são seis milhões segundo afirmam, penso que no meio destes haja alguns sérios mas a maioria amanhã vai abrir os jornais desportivos com um sorriso nos lábios…
Assim sendo parece-me que não vão ter cara para maldizer dos políticos, ou seja como vão estes seis milhões de pessoas poder chamar de corruptos aos políticos, quem tem telhados de vidro não atira pedras.
