SPORTING de luto…

Ao passar os olhos como habitualmente pelo “J N” fixei-me um pouco numa notícia grave.

Todas as noticiais que dão conta da existência de vítimas são graves, mas esta deixou-me um amargo de boca, um sentimento de frustração e raiva porque não dize-lo.

Todos os dias nos deparamos com mortes violentas, quer estas sejam derivadas de assaltos, acidentes ou desastres naturais, este caso no entanto saiu um pouco da normalidade, um “pai” que levando o seu filho pela mão decide por termo à vida dos dois, foi atirar-se para a frente de um comboio, poderia ser de um outra maneira qualquer são muitas e variadas as alternativas, não é isso que está em causa, antes a motivação de um pai para por termo à sua vida e decidir levar consigo o seu filho na flor da sua idade, não dando sequer alguma alternativa ao miúdo.

Segundo o texto do jornal o motivo deve-se provavelmente ao abandono por parte da companheira do pai e mãe do miúdo, pode ser um motivo, na cabeça de um homem desesperado, um motivo para muitas e longas lutas, mas para por termo a duas vidas!

Creio que mulher alguma merece tamanho amor, creio que nenhum amor merece tal desfecho.

Pelos vistos o miúdo pertencia ás escolas do Sporting, era aliás um craque em potencia isto deixa-me duplamente triste, triste por uma mentalidade pobre e mesquinha, triste pela perda de um possível craque por parte do meu clube.

Um dia de bandeira a meia haste por parte do meu Sporting.

"ALVÃO"

Um olhar diferente sobre a Sra da graça.

Só para quem não tem vertigens.

O maior precipício interior da Europa.

À descoberta.

Aqui o povo teve direito a cultura.

Já passa da hora de almoço, o pica no chão ainda por ali anda...

De perder de vista.

Há por aqui quem cuide dos insectos "maravilha", (como eu o compreendo)

Obra de arte.

Uma antiga casa do guarda, poderia ser uma excelente estalagem...

Hora do lanche...

A picanha ainda caminha!

Zona a visitar, claro para quem não conhece há que ter cuidado com as alturas, se tiverem vertigens é melhor ficarem pelas piócas.

O princípio do fim…

"ROSTO DE MARCA DO PARQUE"

Já começou a conta decrescente, já se nota um pouco de nostalgia, ouvem-se algumas vozes de descontentamento, bem sei que é um mal necessário, no entanto quando “nos” toca na pele nós acabamos por sentir de maneira diferente.

Bem sei que, as famílias que nesta altura se debatem com um futuro local para murar, em alguns casos o problema é ainda maior, a terra que os viu nascer, a mesma que sempre habitaram onde nasceram os seus antepassados e de onde tiravam o seu sustento ficará em breve inundada com o progresso que representa a barragem.

É sempre o progresso que altera a rotina das pessoas, no entanto nem todos saem beneficiados com o mesmo, os menos cotados acabam sempre por sofrer por ficar em desvantagem na altura em que as suas terras são “desapropriadas” dos seus legítimos donos.

No meu caso é só um parque de campismo que vai ficar imerso, um parque que me deixa boas recordações, aliás um dos melhores parques de montanha que conheço, calmo, bem frequentado, e com um riacho esplêndido, um riacho onde a malta se refresca juntamente com os peixes, sinal evidente que a água ainda que fria é transparente e apetecível.

Um novo parque estará já na forja, mas o riacho dará lugar a uma enorme represa de águas paradas, parques nestas condições há muitos por aí, só por isso é que já sinto alguma nostalgia, ainda que saiba que os nativos que se debatem com o problema das habitações estão nesta altura em situação muito mais complicada que a minha. (cada um sofre por si)

Falta de experiencia...Ou crise...

Bem sei que em tempo de crise há hábitos que têm que mudar.

No entanto para tudo é preciso um pouco de (experiencia) paciência, quem tem hábitos de hotel e chega a um parque de campismo pela primeira vez não tem obrigação de saber montar a tenda, nem todos foram militares ou escoteiros…

Como em tudo na vida há sempre uma primeira vez, mas nos parques a malta está sempre pronta a acolher, sempre pronta a ajudar, quem não tem o mínimo jeito para a coisa pede ajuda qualquer companheiro está sempre pronto a dar uma mãozita.

“Se a opção for entrar neste mundo sem pedir ajuda o resultado pode ser este!”

Aí está ele...

Aproximamo-nos rapidamente do fim-de-semana tão esperado pelo povo!

Bem sei que não falo da totalidade no entanto uma grande parte da população Portuguesa está incluída!

Vai começar o futebol, vai haver motivo para discussões de café entre amigos, vai haver um novo tema de conversa que estava arredado faz algum tempo.

É o entretimento da malta, o governo já desesperava por este passa tempo, ninguém dará conta de aumentos em semanas de derby, ninguém ousará contestar medidas ingratas sabendo que vai haver um jogo da liga dos campeões a meio da semana.

É assim o nosso povo, preferem ter um bilhete de época do seu clube no bolso que ter a dispensa ou o frigorifico com o necessário para uma alimentação razoável da família, é mais importante ter a spor TV. Que garantir o transporte dos miúdos para a escola, preferem reivindicar o “1º”escalão no agrupamento escolar, (nem que para isso tenham que pedir favores tantas vezes fraudulentos). Não podem perder a oportunidade de estar presentes junto dos seus ídolos, quer estes sejam ou não Portugueses, quer os conheça de há muitos anos ou tenham chegado de pára-quedas neste último defeso.

Enfim é a festa do futebol que está a chegar, é a felicidade do povo, um povo oprimido, mas um povo feliz, basta ver a atenção que este povo dá aos seus ídolos, o dinheiro que gasta com este entretimento, quer haja ou não pão na mesa lá de casa.

Pergunto eu como é que é possível este país manter três! Jornais desportivos diários, porque motivo há tanto interesse em ser dirigente desportivo, como é que é possível o Minho ter quatro equipas na liga, que andaram a fazer os elementos das claques, sejam eles da “ juve leo, dos diabos vermelhos dos super dragões…” devem estes meninos ter a adrenalina altíssima nesta altura, quase a explodir, estão só à espera de uma oportunidade de fazer vítimas sejam elas gente do futebol sejam simples clientes das estações de serviço nas auto-estradas.

A bola está de volta, um homem do apito já levou a sua conta e ainda nem começou a sério, o que virá a seguir…

(uma ultima pergunta, como é que um país que ganha o ordenado mínimo alimenta tanta gente rica que gira à volta do mundo do futebol?)

Homenagem.

Uma justa homenagem a um homem que teve a sorte (azar) de viver muito à frente do seu tempo…

Como é dos arredores de Braga, fica perto de mim, como sempre admirei as letras compostas por este extra da nossa região muitas vezes tão ignorado, quando não maltratado, tão incompreendido, tão à frente do seu tempo.

Bem sei o quão excêntrico que quis ser, bem sei quanto foi difícil a sua vida ao ter que abandonar o seu recanto para tentar só uma vida diferente na capital.

Foi capaz de ser diferente no seu tempo, mas só agora é compreendido, só agora as suas letras fazem sentido.

Talvez também me dê alguma pista para algumas incógnitas, (não deixes p`ra amanhã)

É p'ra amanha
Bem podias fazer hoje
Porque amanha sei que voltas a adiar
E tu bem sabes como o tempo foge
Mas nada fazes para o agarrar

Foi mais um dia e tu nada fizeste
Um dia a mais tu pensas que nao faz mal
Vem outro dia e tudo se repete
E vais deixando ficar tudo igual

É p'ra amanha
Bem podias viver hoje
Porque amanha quem sabe se vais ca estar
Ai tu bem sabes como a vida foge
Mesmo que penses que esta p'ra durar

Foi mais um dia e tu nada viveste
Deixas passar os dias sempre iguais
Quando pensares no tempo que perdeste
Entao tu queres mas é tarde demais

É p'ra amanha
Deixa la nao facas hoje
Porque amanha tudo se ha-de arranjar
Ai tu bem sabes que o trabalho foge
Mesmo de quem diz que quer trabalhar

Eu sei que tu andas a procurar
Esse lugar que acerte bem contigo
Do que aparece nao consegues gostar
E do que gostas ja esta preenchido

"A ILHA"

Realizar um sonho…

É verdade que este país é pequenino, no entanto não é fácil encontrar alguém que possa afirmar: Já o palmilhei todo.

Tenho tentado ano após ano chegar a pontos novos, pontos desconhecidos, pontos que ainda que perto parecem longínquos.

Chegou a hora de mais um, chegou o dia de visitar a ilha, visita tantas vezes adiada por uma ou outra razão.

O dia escolhido não parecia o mais propício, uma chuva miudinha teimava em atrapalhar, no entanto se não fosse desta vez voltava tudo à estaca zero, novo adiamento nova desilusão, havia que arriscar enfrentar o tempo chuvoso e de nevoeiro quase serrado.

A viagem não começou muito bem o mar estava picado, o meu estômago não se dá muito bem com este tipo de massagens logo a viagem foi atribulada, valeu que não tinha arriscado a tomar o pequeno-almoço.

Durante a viagem o tempo foi mudando e à chegada à ilha já o sol espreitava por ente as nuvens, nunca chegou a ser um fim-de-semana de sol aberto, ainda bem pois assim foi mais apetecível palmilhar todos os recantos permitidos.

Duas constatações, logo à chegada era verdade que as gaivotas eram mais que muitas ao ponto de o seu ruído parecer uma orquestra desafinada, a praia é um espanto para a vista, só comparável com as várias de Porto Covo, o parque de campismo, ainda que sem as condições mínimas é talvez o mais lindo do mundo, pelo menos do mundo que conheço.

Enfim uma viagem que recomendo a quem gostar de natureza virgem, também podem juntar um pouco de história, mas essa não era mesmo a minha intenção.

O retorno foi bem mais pacifico, o mar estava bem mais calmo, no entanto já sobrava a vontade de voltar, talvez um dia, talvez um dia…

"UMA PEQUENA MARAVILHA"

Quando a nostalgia já se apodera dos viajantes, isto porque as férias estão nas ultimas horas, pode sempre haver algo que forneça algum alento.

Neste caso foi exactamente o que aconteceu, ainda que a distancia de casa estivesse na casa das duas centenas de Km, ainda deu para parar em mais um recanto deste país.

Bem sei que parte deste recanto está protegido por umas placas a informar que os terrenos são particulares, no entanto arrisquei levar umas lambadas, mas, lá subi ao nicho no cimo do terreno.

( devo pedir desculpa pelo facto,) mas era dificil resistir a uma paisagem deslumbrante sem palmilhar os seus trilhos, escadarias e pontes.

Um par de pontes de excelente construção, ou por outras palavras construídas com gosto, uma outra suspensa, a chamada ponte das cordas, no caso é de cabos de aço e madeira, mas garanto é fascinante a sua travessia, por fim uma piscina desenhada no curso do rio, um rio de águas límpidas,onde dá gosto mergulhar.

Um recanto deste país, UMA PEQUENA MARAVILHA...