sábado, 31 de outubro de 2009

Lixo visual.

Passaram as eleições, promessas no ar, passou a época uns ganharam outros perderam os restantes nem uma coisa nem outra.
No entanto os vitoriosos como os derrotados deixaram as suas marcas bem vincadas nas promessas expressas em blogues, jornais sensualistas ou não e em toda a comunicação social em geral, e claro em cartazes de todos os tamanhos e feitios.
Bom è sobre estes que devemos reflectir um pouco. Há quanto tempo foram as eleições? A maioria de nós já precisa de algum tempo para reflectir, para não sair disparate, mas os tais cartazes ainda estão por ai afixados nos mais variados locais è ou não verdade? Começam agora a ser devastados pelas chuvas de Outono.
Ou seja poluição visual que ficou e ficará não sei bem até quando.
Não seria lógico que quem mandou colocar cartazes, aos milhares, por este pais fora, se sentisse na obrigação de agora no pós eleições os mandar retirar.
Bem sei que o que mais importa a estes políticos è sem dúvida o antes, mas por favor para o bem de todos nós pensem um pouco no pós. “O Zé-povinho agradece”

Não,mas muito obrigado.

Exma. Sra.
É com muito agrado que denoto o seu agradecimento, mas, não me revejo em tais elogios pelo que devo declinar tal convite, não è minha intenção nem nunca o foi expor-me em praça pública.
O texto em causa apenas descreve o que senti na altura.
Devolvo no entanto os agradecimentos, tanto pela vossa paisagem protegida como pelo empenho em agradecer os elogios ou críticas.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Loiras

Um tipo entra ofegante e visivelmente irritado em casa, no sétimo esquerdo.
Como aparentava cara de poucos amigos, a esposa amavelmente perguntou.
- Querido já voltaste, tão cedo! Que se passou?
-Não chateies por favor, estou até aos cabelos!
- Vá lá fala.
-Tive uma valente discussão no bar.
-No bar, to que nunca te irritas, aliás nem faz o teu género.
-Pois mas aquele tipo irritou-me a tal ponto que…
-Afinal de quem estás a falar?
- Do sujeito que veio cá para o prédio há dois três meses, vive no terceiro esquerdo.
-Afinal o que se passou com ele?
- Esse filho da mãe afirma a pés juntos que já papou todas as mulheres casadas cá do prédio, só lhe falta mesmo uma.
-Ai sim, é sempre a mesma, deve ser aquela "enjoadinha" do quinto esquerdo!


(esta apanhei por aí no ar)

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Ainda bem que acabou!!!!!!!!!!!!!!

Dia complicado.
Foi o dia mais ingrato de passar dos últimos tempos, não foi capaz de colocar as ideias em ordem, não sou capaz de perceber o que realmente vai na cabeça das pessoas, mas nunca pensei que esta triste realidade continuasse, vão ser mais quatro longos anos de atraso, e todo por um quilo de doces de feira e um cálice de porto.
É bem triste mas é a realidade, pura e crua, bem sei, estão a pensar estás a ser demasiado dramático ou então tens mau perder, nem uma coisa nem outra, é só o constatar da triste realidade.
Senão vejamos ,esta junta e esta câmara nos últimos oito anos nada fez de proveitoso nesta terra, nada, não é bem assim, acabaram o mamarracho do cemitério, aleluia, aleluia.
E o resto e os vivos, bom, esses não contam para nada, daqui a mais três anos e pico lá mexeremos mais uma ou outra palha, pensam os senhores da freguesia, entretanto basta aparecer nas procissões para dar nas vistas, depois lá arranjaremos maneira de voltar a enganar o Zé-povinho.
Entretanto na câmara o presidente e seus comparsas ainda incrédulos pensam, e agora que fazer com eles? Oito anos de atraso e voltam a confiar em nós! Provavelmente são masoquistas, não poderemos dar-lhes muito, até podem estranhar, grande problema para o Sr. Arquitecto e seus compadres, que fazer perguntam-se?
Que raio podemos nós arranjar para os entreter, coloca-los ao nível do resto do conselho ,não, não é possível por duas razões lógicas:
1º Para os colocarmos ao nível do resto do concelho, teremos que fazer o mesmo as quatro freguesias vizinhas, as tais que já têm o doce que foi a “engenho” para tal temos que parar o resto do concelho e o povo não é todo parvo como aqueles pobres coitados! O povo vai fazer barulho à brava, não a solução é deixa-los entretidos com as migalhas, afinal eles já têm um adro novo e um cemitério.
2ª Se já estão habituados a viver sem água, saneamento, transportes urbanos… e se sentem bem se estão contentes porque haveremos nós Câmara de os melhorar, aquilo ali também não passa de um dormitório, vale mais não mexer com eles é deixa-los andar, alguns são nomadas, que apreendam por cabeça própria, tiveram as eleições para se mostrarem incomodados como não o fizeram é porque estão bem assim.
(quando finalmente foi capaz de perceber ao fim do dia o que nos tinha acontecido fiquei incrédulo espero que isto seja só imaginação minha, espero daqui a quatro anos poder afirmar, estavas enganado pá, mas reparem eu nem estava a sonhar só não conseguia colocar as ideias em ordem.)
É a triste realidade!

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

CRISE...

Está a acentuar-se a crise por incrível que nos possa parecer, isto está a piorar.
Já ouço vozes a censurar esta afirmação, tudo bem acreditem se quiserem, mas no entanto reparem, estão praticamente passados os actos eleitorais, os investimentos nesta área já foram, só alguns, poucos lucraram, é a vida pensa o Zé-povinho, alem disso o Verão também já era, e o mesmo povo pergunta incrédulo e que tem isso a ver com a crise, muito afirmo eu, passo a explicar este dilema de ideias soltas ou simples sonhos, pois sonhar ainda não paga imposto, e como normalmente sonhamos a dormir não somos responsáveis pelos nossos sonhos, já se for pelos pensamentos! Temos muitas contas a ajustar é ou não verdade?
Bem sei o que já estão para ai a pensar este tipo passou-se de vez, calma não é bem assim, é só um pequeno conflito de ideias, ou serão ideais, bom até eu estou confuso mas adiante.
Com o fim do verão e a chegada das estações húmidas e frias tudo passa a rolar um pouco mais devagar, a economia ressente-se não há nada a fazer, a malta fica em casa não há movimento de capitais é um problema, as pessoas ficam deprimidas por não poderem sair e dar azo à sua fértil imaginação, não podemos passar umas belas tardes junto á fresca dos pinhais nem nas margens dos rios, quando muito aglomeramos-nos nos centros comerciais e à porta dos cinemas, mas claro não é a mesma coisa, não dá jeito nenhum ao comércio e muito menos nos ajuda a arrumar o stress da vida.
Os nossos pensamentos ficam completamente atrofiados, não há nada de especial para consolar as “vis tinhas” como afirmou a bem pouco tempo alguém que infelizmente conheço pouco, sim consolar não pensem que me refiro ao nu das praias, não, isso não é consolo, isso é exagero, refiro-me há naturalidade com que as fêmeas usam fatos de treino ou calças de ganga “s” quando na realidade o seu n: seria “L” e em alguns casos “X L” isso sim é um consolo ou então ao cruzar de pernas tão natural como a sede quando usam uma saia com um palmo no máximo de comprimento, e quantas vezes nos atrofiam com decotes extremamente exagerados.
é sem dúvida uma fonte fértil de imaginação o verão, com o final deste todo se torna amorfo, enfadonho e sem graça, e claro quando assim é lá vem a porcaria da crise.
Restam-nos os sonhos por enquanto, pois ainda são livres e não pagam imposto. Até quando perguntão alguns, não sei a resposta, mas deixei-me sonhar.

DIFERENÇAS

Quase diariamente noto um cruzar de olhar sempre de relâmpago e sem encaixe.
Tudo leva a crer que são devaneios de horas impróprias para consumo, pensamentos desiguais na mesma mente.
Tanto me encontro num sonho carregado de erotismo, como caio na realidade logo de seguida e claro, realidade dura e crua ao despertar.
Quando no decorrer do dia seguinte tento cruzar estes sonhos como quem cruza dados.
Muitas vezes fico a pensar se devo arriscar, sim arriscar como dizia José Mário Branco em F M I, ou ficar quieto a um canto como afirma aquele quadro tão em voga nas nossas feiras e quase sempre presente nos tascos e cafés da nossa praça, “e quando me dá uma enorme vontade de trabalhar sento-me a um canto e espero que a crise passe”.
O seguir dos sonhos podem levar a diferentes respostas ou arriscamos e podemos ganhar algo ainda que as possibilidades de êxito sejam numa percentagem demasiado baixa podemos realmente ter sorte e ficar a ganhar, mas a maioria das vezes calha a percentagem maior e, claro ficamos de mãos a abanar nem os sonhos ficam.
Se não arriscamos ficamos com a sensação de perca permanente, como teria sido se… a prudência aconselha não mexas no que desconheces nem ao de leve, pode cheirar mal. Em contraponto se arriscamos e acertamos na muche teremos a dizer valeu arrisquei e tenho o merecido prémio, se corre mal lá se vai o sonho que nos poderia fazer felizes hoje, ou para toda a eternidade.

"ESTRANHA TERRA ESTA"

Uma terra que não cuida do seu rio, “em todo o seu percurso raramente se avista o seu leito” não aproveita o seu principal meio vivo oferecido pela natureza, estranha terra, uma terra que não divulga um cruzeiro milenário para se auto promover quando não tem mais nada de significativo dentro das suas fronteiras, estranha terra, uma terra que coloca um rendilhado de lâmpadas a cobrir parte de sua igreja, ficando a mesma com um aspecto grosseiro e descaracterizada, estranha terra, uma terra que gasta todos os seus meios na ampliação de um cemitério, estranha terra, uma terra que reduz o parque de estacionamento do seu adro a menos de metade, sem alternativa viável, estranha terra, uma terra que prefere a construção de parque habitacional em troca do industrial para proporcionar emprego aos seus habitantes nativos, estranha terra, uma terra que resolve ser dormitório por opção sem ter água e saneamento, estranha terra, uma terra em que os empregos se resumem a uma ou duas confecções e outras tantas industrias de madeira e não procura alternativas, estranha terra, uma terra que tem uma grande parte da sua área arável e quando olhamos em redor vemos quase tudo a velho como afirmam os seus habitantes mais esclarecidos pela idade, estranha terra, uma terra em que os melhores terrenos são de meia dúzia de capangas, e é possível contar pelos dedos de uma só mão o numero de funcionários que empregam, e legais quantos estarão? Estranha terra, uma terra em que os cafés e tavernas estão colocadas estrategicamente a cada esquina e junto á escola para que ninguém se esqueça da sua existência e, deixe sempre a sua dízima, são para ai uma dúzia e meia é preciso colaborar, estranha terra, uma terra em que a sua junta não está inserida na direcção da sua escola estranha terra, uma terra que corre com o seu melhor pároco, homem com vocação e características para ajudar, estranha terra, uma terra que tem um presidente de junta há já dois mandatos e não sabe os seus limites fronteiriços estranha terra, uma terra que não protege os seus habitantes colocando passadeiras superiores numa das mais movimentadas nacionais a nível nacional estranha terra, uma terra que permite que um sujeito qualquer aumente um muro tirando a visibilidade aos condutores que têm que entrar na nacional 14 saídos da avenida dos emigrantes estranha terra, será apenas para arranjarem de encher o cemitério, estranha terra.
O mais estranho de tudo é que eu faço parte dos seus habitantes e tenho de conviver com tudo
isto.